E hoje ouvindo aquela música melancólica que nos traduzia as sete da manha dentro do ônibus, senti meus olhos molhados. Me segurei.Primeiro porque o que sucederia seria minha derrota.Estou lutando contra essas danadinhas e um certo tempo ,mesmo me sentindo uma represa cada vez mais cheia e com a barragem pra estourar.E estava vencendo orgulhosa a guerra.Mas ouvindo aquela voz irritante da cantora melosa , elas começaram um forte contra-ataque.E me paralisaram.Não conseguia trocar de música.Só ouvir toda a nossa história turbulenta e linda em forma de música. E o dia todo elas ficaram gritando coisas que eu não queria lembrar no meu ouvido. Testando minha força.E eu estava conseguindo (com muito custo) manda las calarem a boca , ou que pelo menos , gritassem mais baixo.
Mas chegando em casa, enquanto tentava colocar ordem no meu canto pela 15° vez nessa semana, achei suas coisas. Um encontro que tentei evitar o quanto pude.E uma a uma , as separei, deixando de lado com elas tudo que vivemos.E procurando não ouvir as malditas gritando , deixei as músicas mais altas que elas.
E estava adiantando. E ai olhei o Fito.Ele me olhou com uma cara tristonha, cabisbaixo, jogado no canto do quarto , segurando um coração virado que antes carregava um ‘eu te amo’ e agora é apenas um ‘adeus’ frio com ameaças idiotas.E ninguém virou o coração.Nem eu , nem você, e nem o acaso.E percebendo essa constatação do destino , sentei.E ai elas me venceram , e vieram correndo para o chão, passando pelo meu rosto e arrancando meu rímel sem pedir licença.
Ta, assumo: hoje perdi a batalha. Mas não a guerra.Amanhã eu volto a lutar , mas hoje aceito a derrota.Estava precisando mesmo de um dia de rendimento.
:o Amei seu texto! Traduz exatamente como nós nos sentimos às vezes. Parabéns!
ResponderEliminarCantinho da Annie